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Capitulo2
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Capitulo2
Capitulo3
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Capitulo17

A retinopatia diabética é um distúrbio ocular bem caracterizado,crônico e de ameaça à visão que, ao final, se desenvolve em certograu em praticamente todos os pacientes com diabetes mellitus.Com uma avaliação oftálmica experiente, a retinopatia diabética pode serdetectada em seus estágios iniciais. As terapias existentes são incrivelmenteefetivas quando administradas no momento apropriado durante oprocesso da doença. Além disto, uma melhora do controle glicêmicosistêmico está associada a um retardo no início e a uma desaceleração naprogressão da retinopatia diabética. Ainda assim, a retinopatia diabética éa principal causa de novos casos de cegueira legal entre americanos de 20e 74 anos de idade. As alterações patológicas associadas à retinopatia diabéticasão semelhantes no diabetes mellitus tipos 1 e 2, embora exista umrisco maior de complicações oculares mais freqüentes e mais graves nodiabetes tipo 1 [1]. Entretanto, já que mais pacientes têm a doença tipo 2que o tipo 1, os pacientes com a doença tipo 2 respondem por uma maiorproporção daqueles com perda visual.

A maioria das perdas visuais associadas ao diabetes resulta de crescimentode novos vasos na retina (retinopatia diabética proliferativa [RDP]) ou demaior permeabilidade vascular retiniana (edema macular diabético). O estágio clínico associado ao maior risco de perda visual grave é denominadoRDP de alto risco, enquanto o estágio com o maior risco de perda visualmoderada é denominado edema macular clinicamente significativo (EMCS).Nos Estados Unidos, estima-se que 700.000 pessoas tenham RDP, 130.000tenham RDP de alto risco, 500.000 tenham edema macular e 325.000tenham EMCS [2-5]. Estima-se que, a cada ano, ocorram 63.000 casos deRDP, 29.000 de RDP de alto risco, 80.000 de edema macular, 56.000 deEMCS e 5.000 novos casos de cegueira legal, como resultado da retinopatiadiabética [1,6]. Estimou-se que a cegueira é 25 vezes mais comum empessoas com diabetes que naquelas sem a doença [7,8].

Foram feitas estimativas do impacto médico e econômico de morbidadeassociada à retinopatia com o uso de simulações por computador. Os modelospredizem que, se os pacientes com a doença tipo 1 recebessem tratamentocomo recomendado nos ensaios clínicos na ausência de um bom controleglicêmico, seria obtida uma economia de US$ 624 milhões e 173.540 pessoas-ano de visão [3,4]. O estudo Diabetes Control and Complication Trial (DCCT) mostrou que a taxa de desenvolvimento de qualquer retinopatia e,uma vez presente, a taxa de progressão de retinopatia eram significativamentereduzidas após 3 anos de terapia intensiva com insulina [9,10]. Estudos subseqüentesconfirmaram um benefício contínuo da terapia intensiva cominsulina [11]. A aplicação da terapia intensiva com insulina do DCCT atodos os pacientes com diabetes mellitus insulino-dependente nos EstadosUnidos resultaria num ganho de 920.000 pessoas-ano de visão, embora oscustos de terapia intensiva seja o triplo dos da terapia convencional [12,13].Uma compreensão da patogênese, história natural e opções terapêuticasdisponíveis para pacientes com retinopatia diabética é crucial para todos osprovedores de assistência médica porque as atuais opções terapêuticaspodem ser incrivelmente efetivas na prevenção de perda visual grave quandoadministradas de uma maneira adequada e temporalmente oportuna. Defato, com uma assistência médica e oftalmológica adequada, mais de 90% daperda visual resultante da retinopatia diabética pode ser prevenida [14,15].

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