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Capitulo2
Capitulo3
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Capitulo17

FIGURA 11-1
Anatomia ocular normal. Este corte transversal esquemático mostra a anatomia normal do olho humano. O diabetes pode afetar quase todas as estruturas oculares (veja a Fig. 11-2). Entretanto, as características e as alterações mais comuns ocorrem na retina e são denominadas retinopatia diabética. A maioria das complicações graves com ameaça à visão envolve o crescimento patológico de vasos (neovascularização) na retina ou uma permeabilidade aumentada de vaso retiniano [15]. Estes quadros são denominados retinopatia diabética proliferativa e edema macular diabético, respectivamente. A neovascularização também pode surgir na íris, levando potencialmente a um glaucoma neovascular.

FIGURA 11-2
O diabetes pode afetar a maioria das estruturas do olho humano [16]. A isquemia dos nervos cranianos III, IV e VI induzida pelo diabetes pode resultar em pálpebras caídas, anormalidades de motilidade ocular, ou ambos, como resultado do comprometimento da inervação dos músculos oculares. Erosões corneanas, úlceras corneanas, cataratas e retardo em cicatrização de feridas também refletem o estado diabético geral. Entretanto, a maior parte da perda visual associada surge de complicações que envolvem a neovascularização da retina (ou íris) ou a vasopermeabilidade aumentada da vasculatura retiniana.

FIGURA 11-3
Quadros clínicos associados a complicações oculares diabéticas. Cada uma das inúmeras patologias oculares associadas ao diabetes pode se apresentar com uma variada série de sintomas. Apresentamos aqui apenas uma lista parcial. É importante perceber que pode existir uma doença ocular diabética grave sem quaisquer sintomas discerníveis. Este fato destaca a necessidade essencial de acompanhamento regular, rotineiro e por toda a vida, independentemente da presença ou ausência de sintomas visuais.




FIGURA 11-4
Patologia ocular associada à progressão da retinopatia diabética. A retinopatia diabética geralmente progride através de estágios bem caracterizados. Cada estágio está associado a alterações patológicas típicas. Ocorre um certo grau de retinopatia clinicamente aparente em quase todos os pacientes com diabetes de 20 anos ou mais de duração, embora as alterações pré-clínicas em fluxo sangüíneo, número de pericitos e espessamento de membrana basal possam ocorrer bem antes [17]. Os estágios clínicos anteriores ao desenvolvimento da neovascularização são denominados retinopatia diabética não-proliferativa (RDNP). A RDNP é subdividida nas categorias leve, moderada, grave ou muito grave, dependendo do tipo e da extensão da patologia clínica presente. Pode ocorrer uma permeabilidade vascular aumentada neste ou em qualquer estágio posterior. À medida que a doença progride, a perda gradual da microvasculatura retiniana resulta em isquemia retiniana. Anormalidades em calibre venoso, anormalidades microvasculares intra-retinianas (AMIRs) e derrame vascular mais grave são reflexos comuns desta não-perfusão retiniana crescente (veja a Fig. 11-7). Uma vez que ocorra a neovascularização induzida pela isquemia, a doença é chamada de retinopatia diabética proliferativa (RDP) (veja a Fig. 11-9). A neovascularização pode surgir no disco óptico (neovascularização do disco) ou em algum outro lugar da retina (neovascularização alhures). Os novos vasos são frágeis e propensos ao sangramento, resultando em hemorragia vítrea. Com o tempo, a neovascularização tende a sofrer fibrose e contração, resultando em tração retiniana, lacerações retinianas, hemorragia vítrea e descolamento de retina (veja a Fig. 11-13). Novos vasos também podem surgir na íris, resultando em glaucoma neovascular (veja a Fig. 11-14). (Adaptado de Aiello et al. [15].)


 

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