Capitulo1
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo4
Capitulo5
Capitulo6
Capitulo7
Capitulo8
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo11
Capitulo12
Capitulo13
Capitulo14
Capitulo15
Capitulo16
Capitulo17

No século 21, o problema terapêutico central no diabetes mellitus não é o tratamento de seus transtornos metabólicos agudos, mas a prevenção e o tratamento de suas complicações crônicas. Nos Estados Unidos, o diabetes é a principal causa de nova cegueira em pessoas com 20 a 74 anos de idade e a principal causa de doença renal em estágio final. Os pacientes diabéticos formam o grupo de crescimento mais rápido da diálise renal e de receptores de transplante. A expectativa de vida para pacientes com insuficiência renal diabética em estágio final é de apenas 3 ou 4 anos. Mais de 60% dos pacientes diabéticos são afetados por neuropatia, que inclui polineuropatia distal simétrica, mononeuropatias e uma variedade de neuropatias autonômicas que causam disfunção erétil, incontinência urinária, gastroparesia e diarréia noturna. Aproximadamente 60% dos pacientes diabéticos tipo 2 têm hipertensão. Doença arterial acelerada de extremidade inferior em conjunção com neuropatia torna o diabetes responsável por 50% de todas as amputações não-traumáticas nos Estados Unidos.

Os pacientes diabéticos têm um índice de mortalidade por doença cardíaca coronariana que é duas a quatro vezes aquele de pacientes não-diabéticos. Ocorre um risco igualmente maior com o acidente vascular cerebral. A doença cardíaca em pacientes diabéticos surge mais cedo na vida e é mais freqüentemente fatal. A expectativa de vida é cerca de 7 a 10 anos menor para pacientes diabéticos que para pessoas sem diabetes [1].

Estudos epidemiológicos revelam uma forte relação entre glicemia e complicações diabéticas tanto no diabetes tipo 1, como no tipo 2. Existe uma relação contínua entre o nível de glicemia e o risco de desenvolvimento e de progressão de complicações. Neste capítulo, revisamos os mecanismos de lesão hiperglicêmica no diabetes. A discussão inclui a especificidade de lesão em órgão-alvo, os principais mecanismos de lesão tissular hiperglicêmica, a relação entre os vários mecanismos entre si, o papel potencial da resistência à insulina, a genética da suscetibilidade à complicação e o desenvolvimento de complicações durante uma euglicemia pós-hiperglicêmica.

>> Especificidade de Órgão-Alvo da Lesão Hiperglicêmica  
>> Mecanismos Principais da Lesão Hiperglicêmica  
>> Inter-Relações dos Mecanismos da Lesão Hiperglicêmica  
>> Papel Potencial da Resistência à Insulina  
>> Genética da Suscetibilidade às Complicações  
>> Desenvolvimento de Complicações Durante a Euglicemia Pós-Hiperglicêmica  
>> Referências