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Capitulo3
Capitulo4
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Capitulo2
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Capitulo13
Capitulo14
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Capitulo17

As formas primárias do diabetes mellitus incluem o tipo 1, oudiabetes mellitus insulino-dependente, e o tipo 2, ou diabetesmellitus não-insulino-dependente. Formas secundárias de diabetese intolerância à glicose podem ocorrer em associação com uma variedadede distúrbios de origem endocrinológica e não-endocrinológica [1].A maioria das doenças endócrinas associadas à intolerância à glicoseproduz a anormalidade metabólica através da produção excessiva dehormônios contra-regulatórios da insulina, como hormônio do crescimento,glicocorticóides, glucagon e catecolaminas. Estes hormônios afetamtanto a produção de glicose (através de glicogenólise e neoglicogênese)como a utilização de glicose (através de secreção de insulina e ação dainsulina) em variados graus. Nestas doenças, o diabetes secundário é geralmentereversível com um tratamento bem-sucedido do distúrbio subjacentee o risco de cetoacidose é baixo.

Afecções não-endócrinas associadas à tolerância anormal à glicosepodem ser agrupadas em três categorias principais: doenças que afetam afunção pancreática (pancreatoprívicas); intolerância à glicose induzida porfármaco; e síndromes genéticas complexas que afetam vários aspectos dafunção hepática, renal e músculo-esquelética. Pancreatite, pancreatectomiae hemocromatose são os principais componentes do grupo pancreatoprívicos.Como esperado, estes quadros estão associados a variáveis grausde deficiência de insulina e, no mínimo, o potencial de cetoacidose. Osagentes farmacológicos podem alterar a tolerância à glicose por afetar asecreção de insulina, a ação da insulina, ou ambas. As síndromes genéticasprodutoras de diabetes têm múltiplos mecanismos mas, na maioria doscasos, a causa exata ainda é pouco compreendida.

Complicações microangiopáticas do diabetes são raras em pacientescom intolerância à glicose secundária a doenças de superproduçãohormonal. Isto ocorre porque estas doenças raramente persistem emestado não-tratado por muitos anos. Seqüelas retinianas, renais eneurológicas de fato ocorrem, porém, em pacientes cuja doença tenhadurado uma década ou mais. Por ser a duração da hiperglicemia um fatorcrítico no desenvolvimento de complicações microvasculares, não ésurpreendente que pacientes com pancreatite de longa duração, disfunçãopancreática exócrina e endócrina secundária a cirurgia pancreática redutora,hemocromatose e síndromes genéticas que incluem a intolerância àglicose se encontrem sob rico de desenvolvimento das complicações clássicasdo diabetes.

A terapia para todos os tipos de diabetes secundário deve centrar-se nacorreção do distúrbio de base, quando possível. Se isto não puder ser feitoou até que isto seja feito, o tratamento deverá refletir uma compreensão dabase fisiopatológica do diabetes. Se houver comprometimento da secreçãode insulina (por exemplo, em pacientes com feocromocitoma), então aterapia com insulina exógena deverá ser imediatamente instituída até quea fonte básica do problema tenha sido eliminada. Os pacientes comsecreção de insulina preservada devem ser tratados com dieta ou agenteshipoglicêmicos orais ministrados como fármacos isolados ou em associação.Nestes casos, a insulina também deverá ser usada se necessário paraatingir as metas glicêmicas. Em todos os casos, poucas evidências sugeremuma correlação entre a necessidade de terapia insulínica durante umperíodo do diabetes secundário e o risco de tolerância à glicose permanentementealterada após sucesso no tratamento da doença primária de base.

FIGURA 14-1
Formas secundárias de diabetes mellitus.

 

 

 

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>> Diabetes Pancreatoprívica: Pancreatectomia e Pancreatite Crônica 
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>> Síndromes Genéticas Associadas com Tolerância à Glicose Diminuída 
>> Referências