Capitulo1
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo4
Capitulo5
Capitulo6
Capitulo7
Capitulo8
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo11
Capitulo12
Capitulo13
Capitulo14
Capitulo15
Capitulo16
Capitulo17

FIGURA 14-12
A intolerância à glicose é uma característica proeminente do feocromocitoma. A superprodução contínua ou intermitente dos hormônios contra-regulatórios da insulina adrenalina ou noradrenalina pelos feocromocitomas resulta em intolerância à glicose em até 75% dos pacientes. Noventa por cento dos tumores estão situados dentro da medula adrenal, mas os tumores podem ocorrer em vários outros locais, inclusive ao longo da aorta abdominal, no órgão de Zuckerkandl, na bexiga urinária ou no mediastino. Como subsídio ao diagnóstico bioquímico, o tumor pode ser localizado antes da cirurgia por várias técnicas, tais como a tomografia computadorizada (CT) e a ressonância magnética de imagem (MRI). Múltiplos focos tumorais, bem como sítios metastáticos, são melhor visualizados por varredura com metaiodobenzilguanidina marcada com 131 I (mIBG). Esta técnica de medicina nuclear é precisa em 80% a 95% dos feocromocitomas, mas sua especificidade é reduzida pela capacidade de detectar neuroblastomas, carcinomas medulares da tireóide e tumores carcinóides [22]. Nesta figura, as metástases mediastinais em um paciente com um feocromocitoma de medula adrenal anteriormente ressecado são demonstrados por MRI (A, seta) e por 131 I-mIBG (B; seta aponta para o feocromocitoma, ponta de seta para o fígado, asterisco para a bexiga). (Cortesia da Dra. Elissa Kramer, Escola de Medicina da Universidade de Nova York, Nova York.)

FIGURA 14-13
Catecolaminas em excesso afetam a produção de glicose e a utilização de glicose. Sob condições patológicas, os efeitos de catecolaminas sobre a captação tissular de glicose são mais profundos que os efeitos sobre a produção de glicose. A adrenalina interfere diretamente na exocitose de insulina das células b pancreáticas [23] e o faz em uma etapa distal ao aumento de cálcio intracelular induzido pela despolarização da membrana [24]. As catecolaminas também comprometem a sensibilidade à insulina, particularmente em músculo esquelético [25], através tanto da inibição do transporte de glicose estimulado pela insulina [26] como da glicogênese muscular mediada pela insulina [27]. As catecolaminas, em especial a adrenalina, aumentam a taxa líquida de produção de glicose afetando diretamente a glicogenólise e neoglicogênese hepáticas, a glicogenólise muscular e a lipólise de adipócito. Os efeitos das catecolaminas sobre a secreção pancreática de insulina são mediados principalmente por receptores a-adrenérgicos, enquanto os efeitos sobre os tecidos-alvo da insulina são mediados primariamente através da ativação de receptores b-adrenérgicos. A tolerância à glicose em pacientes com feocromocitoma é muitas vezes restaurada pela administração de bloqueadores a-adrenérgicos, como a fentolamina; isto corrobora a noção de que os efeitos das catecolaminas em excesso sobre a utilização de glicose superam os efeitos sobre a produção de glicose.

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