 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
 |
A nefropatia diabética é um grave problema de saúde pública pois tornou-se a principal causa de doença renal em estágio final nos Estados Unidos (veja a Fig. 12-1). É primariamente caracterizada pela apresentação clínica de microalbuminúria, que progride lentamente para proteinúria patente, seguida de um declínio gradual no ritmo de filtração glomerular, que acaba levando à insuficiência renal. Esclerose nodular do mesângio no tufo glomerular é a alteração patológica característica encontrada na nefropatia diabética. Uma minoria dos pacientes com diabetes mellitus desenvolve insuficiência renal, mas o número de casos de nefropatia diabética está crescendo a cada ano, principalmente por causa do envelhecimento dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2. O sucesso em prolongar as vidas de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 levou a um aumento no número de pacientes com complicações da doença. Nos últimos 15 anos, aprendeu-se muito sobre as possíveis causas da nefropatia diabética. Este conhecimento levou ao desenvolvimento e uso de terapias específicas que têm sido efetivas em desacelerar a progressão até insuficiência renal. Embora efetivas, estas terapias não são curas. Portanto, existe um esforço contínuo no sentido de melhor identificar: 1) os fatores predisponentes à insuficiência renal; 2) as causas da nefropatia diabética; e 3) os fatores que levam à progressão até insuficiência renal. Este capítulo apresenta um resumo da demografia, diagnóstico e história natural, bem como as idéias atuais sobre a patogênese subjacente ao desenvolvimento e progressão da nefropatia diabética. Uma compreensão destes mecanismos forneceu rumos específicos para o desenvolvimento de tratamentos novos e efetivos, que representam uma promessa para o desenvolvimento de novas terapias clinicamente aplicáveis nos próximos 10 anos. Este capítulo não faz uma distinção entre nefropatia do diabetes mellitus tipo 1 e nefropatia do diabetes mellitus tipo 2, pois evidências recentes sugerem que tanto a patogênese quanto a terapia para a nefropatia diabética do diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 são semelhantes. Embora existam diferenças nítidas na suscetibilidade à nefropatia diabética e algumas diferenças na abordagem da triagem e terapia, acredita-se que existam mais similaridades que diferenças. Revisões de Ruggenenti e Remuzzi [1] e de Ritz e Orth [2] oferecem mais informações sobre a nefropatia diabética em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
|