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Capitulo2
Capitulo3
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Capitulo13
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Capitulo17

FIGURA 11-5
Incidência de retinopatia diabética por duração do diabetes. O percentual de pacientes que desenvolvem qualquer retinopatia diabética ou retinopatia diabética proliferativa é apresentado como uma função da duração do diabetes tipo 1 em anos. Note que quase todos os pacientes apresentam alguma evidência de retinopatia diabética uma vez que a duração do diabetes seja maior que 15 anos. Além disto, a incidência de retinopatia diabética proliferativa (RDP) é insignificante nos primeiros 5 anos desde o início do diabetes, embora quase 60% dos pacientes acabem desenvolvendo RDP. Estas observações servem como o fundamento para as recomendações de cuidados clínicos referentes ao momento oportuno de uma avaliação oftalmológica inicial, como detalhado na Figura 11-6. (Adaptado de Krolewski et al. [18].)

FIGURA 11-6
Somente cerca de 25% dos pacientes com diabetes tipo 1 terão qualquer retinopatia após 5 anos, embora a maioria acabe por desenvolver a doença (veja a Fig. 11-5) [19]. A prevalência de RDP é menor que 2% aos 5 anos. Para pacientes com a doença tipo 2, entretanto, a data de início do diabetes freqüentemente não é conhecida com precisão e, portanto, uma doença mais grave poderá ser observada logo depois do diagnóstico. Até 3% dos pacientes diagnosticados pela primeira vez depois dos 30 anos de idade poderão ter edema macular clinicamente significativo ou RDP de alto risco na ocasião do diagnóstico inicial de diabetes [20]. Portanto, em pacientes com mais de 10 anos de idade, o exame oftálmico inicial é recomendado a partir de 5 anos após o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 e ao diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 [15]. O início de uma retinopatia com ameaça à visão é raro em crianças antes da puberdade, independentemente da duração do diabetes; entretanto, se o diabetes for diagnosticado entre os 10 e 30 anos, uma retinopatia significativa poderá surgir num prazo de 6 anos [2]. A puberdade pode acelerar a progressão da retinopatia. Portanto, a avaliação oftálmica inicial é recomendada num prazo de 3 a 5 anos a contar do diagnóstico, se o paciente tiver 10 anos de idade ou mais [15,21]. O início da puberdade está ocorrendo progressivamente mais cedo e, conseqüentemente, o momento oportuno para a avaliação inicial das crianças encontra-se sob revisão periódica. A retinopatia diabética também pode se tornar particularmente agressiva durante a gravidez em mulheres com diabetes [22]. Idealmente, pacientes com diabetes que estejam planejando uma gravidez devem ser submetidas a um exame dos olhos num prazo de 1 ano antes da concepção. Gestantes devem ser submetidas a um exame completo dos olhos no primeiro trimestre da gravidez. Um acompanhamento rigoroso durante toda a gravidez é indicado, com exames subseqüentes determinados pelos achados presentes no exame do primeiro trimestre. Esta diretriz não se aplica a mulheres que desenvolvem diabetes gestacional pois elas não se encontram sob risco maior de desenvolvimento de retinopatia diabética. (Adaptado de Aiello et al. [15].)

FIGURA 11-7
(Veja a Lâmina Colorida) Achados característicos na retinopatia diabética não-proliferativa (RDNP). São mostrados os achados clássicos associados à RDNP. A, A região central da retina humana é denominada mácula e é responsável pela visão detalhada. O olho direito deste paciente apresenta retinopatia diabética mínima e a retina é normal, exceto por uma hemorragia retiniana isolada (heme retiniano). O disco óptico está localizado nasalmente à mácula e os vasos retinianos emanam do disco óptico e circundam a mácula. B, Hemorragias retinianas em mancha (setas) e microaneurismas, que são dilatações saculares da parede do vaso. Estas lesões são freqüentemente duas das anormalidades mais precoces observadas clinicamente. O paciente tem uma RDNP grave quando se observam hemorragias e microaneurismas desta extensão ou maior em todos os quatro quadrantes da retina.


FIGURA 11-7 (Continuação)
C, Alterações de calibre venoso conhecidas como veias "em rosário" (venous beading). Este achado freqüentemente representa uma retinopatia mais avançada, como é evidente nesta fotografia (setas). Dois ou mais quadrantes retinianos de quaisquer veias ''em rosário" (não necessariamente tão pronunciado como mostrado) significam RDNP grave. D, As setas apontam anormalidades microvasculares intra-retinianas (AMIRs). As AMIRs são anormalidades dentro da retina e podem ser um prenúncio de neovascularização retiniana inicial. As AMIRs estão freqüentemente associadas a uma RDNP mais avançada e apenas um ou mais quadrantes retinianos de AMIRs desta extensão ou maior representam RDNP grave. Note que os achados clínicos associados à RDNP grave podem, portanto, ser bem sutis. Quaisquer dois ou mais dos achados associados à RDNP grave colocam o paciente na categoria muito grave de RDNP. (Painéis B, C e D do The Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Research Group [23]; com permissão.)


 

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