Capitulo1
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo4
Capitulo5
Capitulo6
Capitulo7
Capitulo8
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo11
Capitulo12
Capitulo13
Capitulo14
Capitulo15
Capitulo16
Capitulo17

FIGURA 17-14
Problemas psicossociais no diabetes pediátrico. A maioria absoluta dos pacientescom diagnóstico de diabetes exibe leve depressão,ansiedade e queixas somáticas no momento dodiagnóstico [22]. Na maioria dos casos, estes sintomassão geralmente autolimitantes e se resolvemem 6 a 9 meses. No entanto, em um subconjuntode pacientes, os sintomas depressivos aumentamcom o passar do tempo e a ansiedade se agrava,mais freqüentemente em meninas que em meninos.O ajuste do paciente ao diabetes no momento dodiagnóstico prediz o ajuste posterior. São mostradosos fatores psicossociais que afetam o tratamentoinicial do diabetes. As características familiarestêm uma importante influência sobre o ajustedo diabetes, autotratamento e qualidade de vida. Ascrianças e adolescentes que vivem em famílias comum alto grau de conflito ou com pais que sãomenos afetivos têm um controle metabólico menosótimo. Para melhorar a estabilidade psicológica e ocontrole glicêmico, uma avaliação precoce dadinâmica familiar e, quando pertinente, uma intervençãodevem ser feitas por uma equipe multidisciplinarde diabetes, equipada para oferecer apoiosocial e psicológico. BGM — blood glucose monitoring[monitorização de glicose sangüínea].

FIGURA 17-15
Infusão subcutânea contínua de insulina em pediatria. Constatou-se que a infusão subcutânea contínua de insulina (ISCI) é benéfica para crianças e jovens com diabetes [15,18]. A, Os critérios para o início de ISCI variam em diferentes centros pediátricos, mas o principal critério para adolescentes é o desejo de maximizar a terapia basal/de bolus com a ISCI. Outros motivos incluem hipoglicemia freqüente, fenômeno da "alvorada", desejo de flexibilidade no estilo de vida, cetoacidose diabética recorrente e diabetes difícil de controlar com a terapia convencional. Para ter sucesso no uso do tratamento com bomba, os pacientes e famílias precisam ter conhecimento e habilidades suficientes e atitudes apropriadas para lidar com a tecnologia [23]. Em crianças em idade pré-escolar e início da idade escolar, as tarefas exigidas são feitas apenas pelo pai/mãe ou guardião. À medida que a criança amadurece, os cuidados com a bomba são gradualmente assumidos pelo paciente, de forma que, por volta do final da adolescência, a criança poderá assumir a responsabilidade pela ISCI.

FIGURA 17-15 (Continuação)
B, Pode-se esperar uma redução em HbA1c em indivíduos pediátricos sob terapia com bomba de insulina. Numa coorte de 83 pacientes com uma idade média de 13,6 ± 3,9 anos e uma duração média de diabetes de 5,3 ± 3,2 anos, uma queda significativa em HbA1c após 3 meses de terapia com bomba foi sustentada por 1 e 2 anos [23]. (Painel A adaptado de Kaufman e Halvorson [15].)

FIGURA 17-16
Controle metabólico e qualidade de vida. Não se sabe o queteria uma maior influência sobre a qualidade de vida de adolescentes com diabetestipo 1: as exigências de um bom controle metabólico ou as conseqüênciasdo mau controle. O questionário de Qualidade de Vida do Diabetes(DQOL – Diabetes Quality of Life) foi aplicado em 2.101 pacientes, de 10-18anos de idade, para medir o impacto do diabetes, preocupações com o diabetes,satisfação com a vida e percepção de saúde [24]. A-D,A HbA1c média dogrupo foi de 8,7%, mas verificou-se que aqueles com HbA1c menor sofremmenos impacto do diabetes (P < 0,0001) e, além disto, têm menos preocupações(P < 0,05), maior satisfação (P < 0,0001) e melhor percepção de saúde(P < 0,0001). As meninas manifestaram mais preocupações (P < 0,01), menossatisfação (P < 0,01) e pior percepção de saúde (P < 0,01) mais cedo que osmeninos. HbA1c mais baixa estava significativamente associada a uma melhorqualidade de vida classificada pelo adolescente; portanto, um melhor controleglicêmico deveria ser estimulado não apenas como um meio para prevenir ascomplicações de longo prazo do diabetes, mas para também reduzir o fardopsicológico da doença.

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