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Capitulo2
Capitulo3
Capitulo4
Capitulo5
Capitulo6
Capitulo7
Capitulo8
Capitulo2
Capitulo3
Capitulo11
Capitulo12
Capitulo13
Capitulo14
Capitulo15
Capitulo16
Capitulo17

FIGURA 7-13
Características clínicas e tratamento da doença do pé diabético. As lesões do pé diabético constituem uma importante causa de hospitalização, com aproximadamente 20% de todos os diabéticos chegando ao hospital por causa de problemas de pé. A cada ano, são realizadas quase 55.000 amputações de extremidade inferior em pacientes diabéticos, respondendo por 50% de todas as amputações não-traumáticas [23]. As lesões do pé diabético são o resultado de uma combinação de neuropatia periférica e autonômica e de doença vascular periférica (isquemia). A cascata de eventos começa com úlceras, infecção e gangrena de pé e, em última instância, resulta na amputação. O tratamento de úlceras do pé diabético deve ser agressivo e deve incluir uma avaliação detalhada da úlcera e do pé, radiografia para excluir osteomielite, antibióticos de largo espectro, debridamento de feridas (se houver indicação) e evitar carregar peso. A aplicação tópica de agentes antibacterianos e de fatores de crescimento derivados de plaqueta podem ser medidas adjuvantes úteis. As medidas preventivas incluem controle glicêmico ótimo, inspeções diárias dos pés (com o auxílio de um espelho), bons cuidados dos pés (manter os pés limpos e secos), uso de meias limpas e adequadas, sapatos bem ajustados e consultas podiátricas regulares. Uma boa orientação ao paciente e uma abordagem de equipe são as chaves para a prevenção e tratamento da doença do pé diabético.

Os diabéticos são particularmente propensos a deformidades de pé e ao desenvolvimento de dedos erguidos, que resulta em pressão nas pontas dos dedos e sob a primeira cabeça metatarsiana, levando à ulceração e à infecção. O tratamento ideal é a cirurgia profilática para retificar os dedos. Se isto não for exeqüível, deverão ser usados calçados especiais com uma palmilha acolchoada para proteger os dedos e a cabeça metatarsiana.

Todos os diabéticos devem ser submetidos a uma avaliação de função sensitiva protetora de seus pés com um monofilamento Semmestel-Weinstein de 10 g. Se o paciente não for capaz de sentir consistentemente um monofilamento de 10 g, a função sensitiva protetora terá sido perdida e o paciente encontra-se sob alto risco de desenvolvimento de úlceras de pé [24].

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